Recados para mim...

"Eu escrevo bilhetes para esconde-los, com todo cuidado embaixo das portas"

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Pensamentos Soltos!!!!

Porque você me promete o mundo, se você não tem nem mundo próprio ou você nem se entende no seu próprio mundo?Como você pode querer entrar no meu?Como você consegue não brincar na sua própria vida, mas consegue brincar com os sentimentos alheios? Por que o coração da gente, muitas vezes é confundido como bola de futebol, bola de queimada, bola de volei e, muitas vezes, até peteca? Sabia que ainda não existe maquiagem anti choro? Não existe um corretivo capaz de aplacar as lágrimas.Não existe uma sombra que disfarce a tristeza de um olhar.Não existe um rímel que levante a moral.Infelizmente e injustamente, as palavras tem poder.Elas causam de tudo: de alegria à tristeza.De dor à medo.De depressão à extase.
Muitas vezes a palavra amor foi usada para conseguir sexo, dinheiro e vitória.Milhões de vezes, a palavra amor não cumpriu o seu papel.E lá sabemos de verdade o que é amor? Nem sabemos direito quem a gente é.
Às vezes, para fazer certas ousadias, precisamos de algumas tequilas, nos enfiamos em empregos que não gostamos, suportamos pessoas por sobrevivência, casamos para escapar de casa ou de alguma rotina, transamos para esquecer alguém e nos metemos a amar pessoas que a gente nem conhece direito.Ah, as nossas imperfeições tão humanas.São elas que geram música, livros, teatro, filmes.Nossos machucados em forma de arte.Claro que também celebramos alegria.Mas a tristeza, o ódio, a vingança, a raiva e a inveja, vendem.
O chicote do destino, o tapa forte da verdade, o beliscão doído da angústia, a catarrada na cara da perda e a risada debochada da ansiedade.Continuemos.A vida continua, independente de nossos anseios.
Boa tarde

Cristian Pior


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Mutação

"(...) a pele é tudo quanto queremos que os outros vejam de nós, por baixo dela nem nós próprios conseguimos saber quem somos."

(José Saramago)

O problema é só um. Sou imatura. Será que confessar isso já é um avanço para a maturidade? Fico aqui torcendo que sim. De longe até pareço ser responsável, centrada e compreensiva, mas quem me conhece bem (Alguém? Nem eu me conheço bem) sabe que não tenho nada de centrada. Sou uma pessoa que consegue ser impulsiva e calculista ao mesmo tempo, só não entendo como. Desejo obter o controle sobre as situações. Tenho medo. Sabe lá Deus de que! Fico aqui pensando, até quando? É preciso que eu seja uma pessoa que sabe o que quer, para então mudar. Mais ou menos o que o gato listrado da Alice quis dizer quando falou algo sobre os caminhos. "Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve", não foi isso? Se não foi, foi quase isso!
E como é que faz pra achar o caminho? O mais difícil: Como é que faz para decidir o caminho?
As vezes reclamo das coisas, mas eu nem sequer faço nada para mudar o que me incomoda. Não adianta eu pensar coisas boas, se eu não tiver coragem para materializá-las. Posso estar sendo rigorosa comigo mesma, mas é uma maneira de eu exigir algo bom de mim, uma maneira de eu indiretamente forçar as coisas a derem certo. Mas a gente pode forçar as coisas a darem certo? Fico na dúvida. Não gosto de mudanças em mim, mas no momento elas se fazem necessárias. É difícil saber se vai ou se fica quando se tem amarras espalhadas pelo corpo.



(blog retalho de amor)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Sem desistir


"Não desista, vá em frente, 
sempre há uma chance de você tropeçar em algo maravilhoso..."

(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Quando pensamos que tudo está perdido.


Na jornada de nossas vidas existem muitas fases; estas que podem ser boas
ou ruins, depende do lado em que você olha e do que você sente. O
estranho é que nós olhamos as coisas e damos mais ênfase ao que nos fez e
faz sofrer do que nas alegrias que adquirimos. Ao invés de lembrar das
risadas, das conversas boas que tivemos com determinada pessoa
preferimos lembrar das brigas, das discussões, das fofocas e tudo que
torna essa pessoa ruim pra gente. E assim falamos com outras pessoas:
estou numa fase ruim, nada dá certo pra mim. Somos egoístas demais e não
paramos pra pensar que cada coisa que acontece na nossa vida vem pra
nos ensinar algo, pra nos tornar cada vez mais fortes.

Se você parar pra pensar pode ver que ao decorrer da vida os obstáculos
só pioram, você chega a pensar até que você tem algo de errado, e
quando acha que ta tudo melhorando lá vinha outra rasteira. Sofrer e ter
problemas muitas vezes pode ser inevitável, ainda mais por todas as
coisas do cotidiano humano. Mas você já pensou pelo outro lado. Já
pensou quantas pessoas nesse mundo estão em situações muito piores que
você? Digo pra estes que choram porque suas vidas mudam, tomam rumos
diferentes ou por aqueles que simplesmente terminam uma amizade, um
namoro com alguém que é importante: não fique na inércia achando que
isso é um fator do destino, isso é apenas uma etapa, e muitas vezes tudo
pode ser mudado.
  Quantos
de nós paramos nessas horas e vemos como está o nosso lado espiritual?
Toda a base de vida é dada a partir de nossa espiritualidade. Ela é o
que faz o nosso alicerce para os obstáculos da vida serem superados.
A espiritualidade para o ser humano é algo de belo, proveitoso, inspirador, que eleva seu Espírito a ter a sua evolução.
Cada
problema que temos, cada dor que sentimos, se tivermos ao lado o nosso
espiritual, tenha certeza que sempre procurará a melhor maneira de
resolvê-los, nunca ficando esperando simplesmente que eles cessem por
si.
Por
mais difícil que seja, o lado espiritual sempre nos dá um caminho a
seguir e é preciso crer que por mais longo que este caminho pareça,
sempre há um horizonte de esperanças.
FELIZ NATAL MEUS AMORES!!!!
FÉ,PAZ E MTO AMOR!!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Para recomeçar

Ela desejava a vida para além do quase. Ruminava as lembranças agridoces das vivências que construíram seu caminho até o ponto em que havia chegado. Sabia serem essas vivências que haviam delineado a essência do que ela era até ali. "O que eu sou para além da memória de mim?", se perguntava. O que encontrava na gaveta da memória lhe dava a impressão de que antes (ou depois?) do êxtase (esse instante fugaz e ilusório em que se julga ter encontrado o pote de ouro) alguma coisa se rompia e lhe roubava a promessa da permanência de suas conquistas. "Felicidade são pontos tremulantes de luz na noite escura", deduzia. Porque ela tem aprendido que o mais importante passo da vida é o recomeço. O esforço do recomeço para além da dor da queda. A possibilidade do recomeço para além do medo da dor. E tem aprendido que ela também é o que pode vir a ser.

Do pequeno ensaio sobre a vida neutra...

Tenho pressa do tempo que cura. Do tempo que faz a dor virar resquício e alicerce de vida.
Do tempo que cura a vida em mim e lhe devolve seu atributo fundamental - que é o de ser neutra.
A vida em si é de um cinza neutro, maravilhosamente indiferente e impregnado. A vida se dá cinza.
As cores com as quais tento pintá-la são sempre artificiais - o que digo sem intenção pejorativa. Artificiais porque não lhe são intrínsecas, mas sempre dadas de fora, num esforço e exercício contínuos.
E se, com esforço, tento pintar a vida com tons alegres e agradáveis, também o acaso (?) é um grande pintor (sempre mais eficiente que eu?), com preferência (apesar das surpresas) por tons incômodos e austeros.
Mas chego ao que queria dizer: sendo eu ou sendo o acaso, a pintura é externa à vida, que continua redundantemente neutra.
(Não sei se você alcança o que eu quero dizer, nem mesmo se eu alcanço com a expressão a compreensão disso que consigo sentir. Mesmo porque não é sempre que eu consigo sentir, tão empenhada eu fico na coloração da vida - a minha pintura contra a do acaso).
E eu tenho pressa do tempo que escorre as cores que eu não quero, ainda que saiba que as cores que eu quero também vão escorrer.
Sinto que a felicidade - ou o mais perto que disso consigo chegar - está em descobrir esse tom cinza da vida. E felicidade me soa muito colorido: melhor falar em paz.

t. prates


Com efeito, uma única e mesma coisa
pode ser boa e má ao mesmo tempo
e ainda indiferente.
[Spinoza]

Não há fatos,
apenas interpretações.
[Nietzsche]